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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

OS BONS E VELHOS GIBIS DE JOSÉ SALLES

José Salles é uma das maiores lendas vivas da produção cultural independente nacional. Esse paulista polêmico e determinado já fez de tudo um pouco, desde filmes subversivos até folhetins de reflexões sociopolíticas, e escreveu para diversos dos mais importantes fanzines tupiniquins já produzidos. Depois de fundar a Editora Júpiter II, passou a se dedicar inteiramente a esta empreitada, e se tornou um gigante do quadrinho nacional. A Júpiter II já publicou inúmeros gibis, de variados temas, e de grandes talentos dos quadrinhos atuais. Aliás, não só dos atuais, mas faz também um resgate impressionante de HQs históricas e artistas fundamentais que nem sempre são reconhecidos como deveriam.


Muito bem, este post trata mais especificamente de uma deliciosa série lançada pela Júpiter II: O BOM E VELHO FAROESTE, que até o momento possui duas edições lançadas. O título é totalmente auto-explicativo, diz tudo. O gibi é exatamente isso, inteiramente na linha dos faroestes clássicos, produzidos principalmente pelo cinema estado-unidense. Um prato cheio pra quem é fã do gênero. Nem mais, nem menos. Nestas duas edições, temos duas ótimas histórias escritas pelo Salles, cativantes e dramáticas, que o leitor devora de uma só vez e ainda não se sente saciado, ávido por mais. E o que dizer da arte de Adauto Silva? Sensacional. As capas são verdadeiras pinturas, muito bem trabalhadas. E a expressividade dos personagens é o grande destaque no desenvolvimento das HQs. 


No número 1, temos a velha figura do cavaleiro solitário, (aliás, é o próprio Clint Eastwood no traço preciso de Adauto) em sua angustiante tentativa de abandonar o passado e constituir uma família. O número 2 consegue superar o primeiro e apresenta uma história envolvente sobre o conflito entre dois irmãos, que buscam um mesmo objetivo, mas por caminhos opostos.
É isso. Estes dois gibis não apresentam inovações nem malabarismos artísticos em relação ao gênero, apenas... o bom e velho faroeste. E está ótimo! Ainda famintos, aguardamos pelo número 3.

Um comentário:

  1. Conheço há muito tempo o Wagner, desde os tempos de fanzine de papel, recentemente retomamos o contato e fico até sem palavras diante de resenhas tão positivas a meu respeito, e de meu trabalho. Só me resta penhoradamente agradecer a este valoroso companheiro de jornada. Obrigado amigo Wagner, por todo o apoio que tem me dado!

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